
Cantor Ricardo Ribeiro leva forró autêntico para Galeria Augusto dos Anjos, neste sábado
O forró vai tomar conta da Galeria Augusto dos Anjos neste sábado (14). É que a Prefeitura de João Pessoa, por meio de sua Fundação Cultural está realizando uma ação para movimentar o espaço. Desta vez, o convidado é o cantor Ricardo Ribeiro, que fará um show no ritmo junino, a partir das 10h.
Esta ação, conforme o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, faz parte de um conjunto de atividades que a Funjope e a Prefeitura de João Pessoa fazem questão de realizar no Centro Histórico.
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“Nós temos nossos equipamentos culturais, consolidamos definitivamente o projeto do Sabadinho Bom, temos exposições na Casa da Pólvora, Hotel Globo, Casarão 34; criamos um polo junino no Largo de São Frei Pedro Gonçalves, em frente ao Hotel Globo; estamos promovendo a Galeria Augusto dos Anjos por entender que é um ambiente de circulação de bastante pessoas, moradores e também que tem potencialidade para visitação turística”, ressalta o diretor.
Assim, a Funjope aproveita o mês de junho para promover o forró clássico, tradicional e também a Galeria Augusto dos Anjos e todo o Centro Histórico. “É uma forma de manter vivo o projeto do prefeito Cícero Lucena de ocupação e de circulação de moradores e de turistas pelo Centro Histórico”, acrescenta.
A iniciativa na Galeria Augusto dos Anjos acontece a partir de uma solicitação de empresários da Galeria Augusto dos Anjos que buscam, com esta ideia, movimentar o local e apresentar à população e turistas o espaço que tem 53 anos de história.
A Funjope, por sua vez, tem realizado atividades culturais no espaço para atrair a visita das pessoas que circulam pela área central da cidade. Entre as ações capitaneadas pela Fundação está a pintura da Galeria com artes gráficas, além de performances e atividades artístico-culturais.
O cantor Ricardo Ribeiro aprova a iniciativa. “A Funjope está sempre presente nos acontecimentos e necessidades do município, e isso faz com que a arte chegue cada vez mais perto da comunidade”, comenta o artista.
Ele conta que, no repertório, estão incluídos vários clássicos, entre eles, ‘Espumas ao vento’, ‘Esperando na janela’, ‘Proibido cochilar’. “Enfim, teremos muito xote, xaxado e baião”, promete.
Além de ser a voz do grupo, Ricardo Ribeiro estará no triângulo e voz. Junto com ele, se apresentam o sanfoneiro Júnior Mattos e o zabumbeiro Jônata.
“Estou muito feliz com o convite da Funjope e espero poder levar entretenimento e cultura para o público que ar por lá”, acrescenta o cantor e instrumentista.
Forró
O forró é o ritmo que embala as festas de São João nos estados do Nordeste. Foi popularizado em todo o país a partir da década de 1950, por ícones como Luiz Gonzaga, o chamado Rei do Baião.
Música feita para ouvir e dançar, o forró é hoje reconhecido oficialmente como Patrimônio Cultural do Brasil. Como estilo musical, o forró tradicional, ou pé-de-serra, é marcado pelo som da zabumba, triângulo e sanfona. Na dança, tem casais que arrastam os pés no chão.
No início, as composições eram inspiradas principalmente no modo de vida rural. Com a popularização, aram a retratar também alegrias e amores ou a saudade. Isso porque o forró se espalhou em um período de forte migração de sertanejos para o Sudeste e o ritmo ou a representar um elo com a terra natal.
O forró tradicional, esse espalhado na década de 1950 por Luiz Gonzaga (além de Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Marinês e Trio Nordestino, ganhou novas formas com o ar do tempo.
Hoje, há também o forró universitário e o forró eletrônico.
A partir da década de 1970, diferentes artistas inovaram na musicalidade, apresentando ainda outras possibilidades para o gênero, que ganha instrumentos como guitarra e saxofone em músicas de Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Gilberto Gil e Nando Cordel, além de Alcymar Monteiro, Petrúcio Amorim e Jorge de Altinho.
Há uma segunda fase dessa modernização do forró entre os anos 1990 e 2000, marcada pela banda Falamansa.
Já o forró eletrônico foi criado nos anos 1990 e traz a tecnologia para os palcos, investindo no órgão eletrônico e em apresentações com brilho, iluminação e coreografias. Os precursores desse movimento são bandas como Mastruz com Leite e Magníficos. (Neoenergia)